domingo, 26 de maio de 2013

O QUE É CULTURA DA PAZ



A noção de Cultura da Paz, provavelmente, tem sido formulada de modo mais compreensível a partir da Resolução da Assembléia Geral da ONU 53/243 de setembro de 1999, que teve o título: Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz.
O ano de 2000 foi proclamado o Ano Internacional da Cultura da Paz, pela Secretaria Geral das Nações Unidas, com o objetivo de celebrar e encorajar a Cultura da Paz.
A expressão ganhou impacto a partir disso, mas a essência da ideia é bem mais antiga. Ativistas pela paz trabalham por um mundo melhor desde os tempos mais remotos.
De acordo com a ONU, Cultura da Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados:
- No respeito à vida, no fim da violência e na promoção e prática da não violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação;
- No pleno respeito aos princípios de soberania, integridade territorial e independência política dos Estados e de não ingerência nos assuntos que são, essencialmente, de jurisdição interna dos Estados, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional;
- No pleno respeito e na promoção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais;
- No compromisso com a solução pacífica dos conflitos;
- Nos esforços para satisfazer as necessidades de desenvolvimento e proteção do meio-ambiente para as gerações presente e futuras;
- No respeito e promoção do direito ao desenvolvimento;
- No respeito e fomento à igualdade de direitos e oportunidades de mulheres e homens;
- No respeito e fomento ao direito de todas as pessoas à liberdade de expressão, opinião e informação;
- Na adesão aos princípios de liberdade, justiça, democracia, tolerância, solidariedade, cooperação, pluralismo, diversidade cultural, diálogo e entendimento em todos os níveis da sociedade e entre as nações.
Diversas pessoas e instituições em todo o mundo aderiram à declaração da ONU sobre Cultura da Paz e se empenham na concretização de seus ideais.
O conceito de paz também vem mudando no decorrer das últimas décadas, partindo da definição tradicional da paz como ausência de guerra e chegando a uma visão holística que integra a busca da paz interior com a busca da paz entre os homens e com a natureza.
De acordo com a Carta da Terra (2002), “a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte”.
Assim, adotando um conceito holístico, podemos dizer que a construção da paz abrange três eixos: paz interior (capacidade de cuidar bem de si mesmo), paz social (capacidade de cuidar bem dos outros) e paz ambiental (capacidade de cuidar bem do ambiente em que se vive).
Há tempos, vivemos em meio a uma cultura da violência e muitos não se apercebem disso. A violência é tratada na sociedade como entretenimento e espetáculo. As crianças crescem assistindo a desenhos animados onde a violência é o foco. A venda de material violento (filmes, videogames, armas de brinquedo) é sempre bem-sucedida. O noticiário vende a violência como espetáculo. A história que estudamos na escola é baseada nos heróis de guerra e não nos heróis da paz. A paz, dessa forma, é o lado oculto da história. Os heróis fictícios que as crianças e jovens aprendem a admirar combatem a violência com a violência. As canções infantis mais populares possuem letras terroristas. Nas artes, em geral, predominam formas e conteúdos violentos. O esporte, via de regra, é utilizado como veículo para degladiação. Fazemos guerras de competição desde as brincadeiras da infância, onde participantes vão sendo eliminados até que haja vencedores e vencidos. No campo religioso, muitos pregam o amor, mas poucos o praticam, utilizando suas idéias religiosas para ferir, condenar e promover guerras “santas”.
Todos nós nascemos com potencial de amor e agressividade, sendo necessário expandir o primeiro e canalizar o segundo para fins construtivos. E todos nós, religiosos, ateus, cientistas, artistas, professores, garis, comerciantes, empresários, crianças, jovens e adultos, seja qual for o ambiente e as circunstâncias em que estejamos situados, deveríamos trabalhar pela construção dessa Cultura da Paz. Não simplesmente em razão de crenças, filosofias e ideais, pois trata-se de algo que vai além da mera crença particular. Trata-se de uma questão de necessidade (individual, social e ambiental) que deve ultrapassar o campo do partidarismo filosófico, político ou religioso. Ou buscamos construir a paz ou a nossa própria existência corre sérios riscos.
A violência é uma das facetas da realidade e está presente sob um infinidade de formas: física, psicológica, social, econômica, ambiental, institucional, legal, explícita, travestida, cultural, religiosa, artística, esportiva, comissiva, omissiva etc. Entretanto, sedimentar a crença de que o mundo está irremediavelmente violento e que para ele não existe solução é fechar os olhos, tapar os ouvidos e cruzar os braços para o esforço cotidiano de milhões de pessoas que estão trabalhando pela construção da paz e por um mundo melhor. 
 Nesse sentido, a Cultura da Paz não deve ser vista como uma tentativa de uniformizar culturas ou mesmo substituí-las por uma única cultura. A rigor, não existe "uma cultura da paz", mas sim "culturas de paz". A expressão "Cultura da Paz", no singular, deve, pois, ser entendida como um "coletivo", não como proposta de homogeneizar culturas ou estabelecer uma monocultura. Em todas as culturas que permeiam o planeta, há elementos que promovem a paz e elementos que promovem a violência. O que pretende a Cultura da Paz é ser a soma e a interação daqueles vários elementos de culturas diversas que promovam a paz.
O nosso grande desafio é encontrar meios de globalizar o amor, o perdão e a tolerância com a mesma eficiência dedicada à globalização da violência.
Precisamos, independentemente de nossas profissões ou crenças, atuar como ativistas sociais, ambientalistas e construtores da paz. E, certamente, conseguiremos transformar este planeta num mundo melhor.

Clésio Tapety

Fonte: www.culturadapaz.com

Primeira aula do ano

Plano de aula

Escola: Vilma Alvarez
Série: 1ª a 4ª série
Disciplina: Cultura de paz
Professor responsável: Marcos Cheres Braga
Número de aulas: 01 aula

Objetivos:

O aluno deverá definir conceitos e princípios da cultura de paz.
Aplicar os conhecimentos obtidos por meio da música e do vídeo, criando um desenho que os represente.
Aprender a conviver em grupo. Que os alunos observem os valores e as qualidades de seus companheiros bem como as suas próprias.
Relacionar a atividade (teia de aranha) a uma teia que é perfeitamente elaborada e da mesma forma, os seres humanos a partir do momento que se unem pela luta e prol de valores aperfeiçoam e descobrem que todos podem fazer cada um a sua parte. Entendam que todos são importantes na imensa teia da vida e ninguém pode ocupar o espaço do outro.

Conteúdo

Iniciar com um a música que fale sobre a paz.
Conhecer a turma, pedir que cada um fale o seu nome e do que mais gosta elaboração de regaras com o professor e os monitores, sob a coordenação e supervisão dos mesmos.
Apresentar para os alunos a cultura de paz em forma de exposição dialogada. Mostra a eles o conteúdo da matéria que trabalharemos nas aulas.
Apresentar vídeo sobre a paz.
Distribuir papéis e lápis de cor para os alunos expressarem artisticamente o que entenderam da música e do filme.
Sentados em círculo vamos brincar de criar a “teia dos valores”
*Cada aluno ao receber o rolo ou novelo de linha escolhe um colega, diz o nome dele e a qualidade que mais gosta nele.
*Em seguida , segura a linha e joga o rolo para o colega escolhido que por sua vez, escolhe outro e assim sucessivamente até que todos tenham recebido o fio e a qualidade. Cuidado para não soltar a linha.
* Depois que todos tiverem recebido  o novelo vamos olhar para o desenho que as linhas entrelaçadas podem ter formado e conversar:
- O que pode representar o desenho que foi formado?
-Por que é importante que cada um segure com cuidado a sua parte na linha? Resposta pessoal.
-As qualidades de todos os colegas são iguais? Por quê?
-È mais fácil perceber as qualidades ou os defeitos em nós e nos outros? Por quê?

Avaliação

Será feita uma avaliação diagnóstica par se conhecer o perfil e o potencial de cada aluno.
Será observado a participação individual e coletiva.
Através do que expresso no desenho.
Será observado a capacidade de interação dos alunos.

Materiais apresentados: aparelho de som, notebook, projetor, lápis de cor, lápis, folha de sulfite, novelo de barbante, fime, cd ou pen-drive.





Dinâmica com alunos


terça-feira, 21 de maio de 2013


Este é meu plano de aula para o ano de 2013






PLANO DE ENSINO: CULTURA DA PAZ - PROGRAMA CIDADE ESCOLA.

PROFESSOR: MARCOS CHERES BRAGA
UNIDADE ESCOLAR: E. M. PROFESSORA VILMA ALVAREZ GONÇALVES.

“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.”
JUSTIFICATIVA

A cultura da Paz é extremamente necessária na atual conjuntura, visto que hoje vivenciamos um culto à violência. Famílias inteiras se reúnem em frente à televisão para apreciar filmes e até desenhos carregados de cenas violentas.
O amor se esfriou de quase todos,  a mídia e seus efeitos tem contribuído muito para isso. A Educação que trabalha valores como a paz, contribui para uma convivência mais pacífica nos níveis: individual, social e ambiental.
OBJETIVO GERAL
Promover nas crianças o desenvolvimento harmônico e pacificador, trabalhando sempre os três pilares da cultura da paz ou o Triângulo da vida: paz interior, paz social e paz ambiental.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·         Introduzir o conceito de paz como um princípio que abrange todos os aspectos da vida.
·         Definir o que são virtudes e como as desenvolver.
·         Ensinar os valores éticos e morais.
·         Aplicar os conhecimentos obtidos na vida social.
·         Criar situações e levantar problemas para serem solucionados através dos princípios da cultura da paz.
Conteúdos:
Regras de boa conduta, valores para a convivência e direitos humanos.
Ø  Fevereiro
·         Tema: Paz e Gratidão.

Ø  Março:
·          Amor, respeito, paciência e perseverança.

Ø  Abril:
·          Prudência, amizade, responsabilidade e ordem.

Ø  Maio:
·         Sinceridade, confiança, diálogo e tolerância.

Ø  Junho
·         Criatividade, cooperação, compaixão e generosidade.

Ø  Agosto:
·         Liberdade, justiça, alegria e cooperação.

Ø  Setembro:
·         Coragem, dedicação, disciplina e doçura.

Ø  Outubro:
·         Entusiasmo, esperança, fé e fidelidade.

Ø  Novembro:
·         Humildade, misericórdia, justiça e honestidade.

Ø  Dezembro:
·         Revisão de alguns temas.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
·         Aulas expositivas;
·         Contação de histórias;
·         Recortes de jornal;
·         Dramatizações;
·         Desenhos;
·         Dinâmicas de grupo;
·         Música para meditação;
·         Rodas de conversa;
·         Vídeos;
·         Visita ao asilo;
·         Músicas cantadas e gesticuladas;
·         Trabalhos em sala de aula;
·         Jogos Pedagógicos.

AVALIAÇÃO:

A avaliação se dará através de observação contínua da criança, no desempenho de suas atividades, desenvolvimento de suas relações e o  interesse pelas atividades propostas.





A cigarra e a formiga





Este desenho foi utilizado em uma de minhas aulas na oficina de cultura da paz no programa cidadescola.
O tema da aula foi responsabilidade.O desenho mostra de forma lúdica o valor do comprometimento das pessoas para com a sociedade.



Escolas de Prudente ampliam suas oficinas com a matéria “Cultura da Paz”, Educando para a vida.                                                                                                                               Por Diérry Calixto


A cultura da paz... Termo pouco empregado escrito desta forma, mas que na atualidade, é extremamente necessário, visto que hoje temos um culto a violência, as famílias se reúnem diante de um aparelho de televisão para apreciar filmes que, quanto mais violentos melhor, até os desenhos animados estão recheados de violência, e assistimos a tudo isso torcendo para que o “mocinho” mate o “vilão”, este é o objetivo.  Vidrados em computadores, as crianças buscam jogos mortais, que ensinam como matar seu opositor, nunca vi um jogo infantil que busque a solução através do dialogo e da compreensão. O que dizer então das antigas canções que muitas vezes nos pegamos ainda cantando para nossas crianças? “Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa criança que tem medo de careta. Tutu marambá, não venha mais cá, o pai de fulano manda te matar.”    Quando se fala em cultivar a paz, logicamente se pensa automaticamente em guerras, mas, o que será a paz? Alguém tentando defini-la disse que paz é nada mais nada menos que a ausência de guerras, pode até ser, mas o sentido é muito mais amplo que apenas ausência de guerras. Se olharmos por exemplo dentro do contexto pessoal, porque vemos ainda pessoas com um alto índice de depressão? Este é o mal do século, e por causa desta depressão e a falta de esperança no futuro, muitos se suicidam, tiram suas vidas porque não têm perspectiva nenhuma para seu futuro, não está em guerra, mas não tem Paz pessoal, sendo assim, podemos dizer que lhe falta a paz interior, aquela paz que nos causa alegria de viver, e trabalhar e de fazer algo por si, a capacidade de cuidar de si mesmo.
Temos também aqueles que tem paz consigo mesmo, mas lhe falta a paz com seu próximo, que é sempre querer o bem do seu próximo, mas quem é seu próximo? Serão somente os amigos de escola? Serão somente os pais? Não, próximo são aquelas pessoas que estão realmente próximas, seja dentro de um ônibus, seja em um parque ou em um shopping, é aquele que precisa de nossa atenção, de nossa atuação direta ou indireta. A isso nós chamamos de Cultura Social, essa cultura social me dá um outro olhar sobre o meu próximo,  é a educação para a resolução de problemas através do dialogo, do desenvolvimento da cultura da não violência, e que o meu próximo também tem necessidades e vontades que precisam ser respeitados, que sua cultura, a forma de sua criação é diferente, mas é uma pessoa igual, como todos o somos. Que o outro pode até ser diferente fisicamente, mas ainda sim, é um ser humano.
Mas o que dizer daqueles que tem esse respeito ao seu próximo, praticam a paz social, e, o que é difícil de se imaginar, e uma pessoa com estes dois fundamentos de paz, mas ainda assim, não olharem ao meio em que vivem com olhares de cuidados? Podemos dizer que a Paz Ambiental é o outro fundamento que faltava da Cultura da Paz. Mas o que é a paz ambiental? A paz ambiental é realmente aquilo que esta descrito, paz com o meio, e onde é esse meio? O meio no qual estou inserido. Este meio pode ser a casa, a escola, o parque da cidade, a praça, a minha sala de aula, o shopping. Precisamos então criar na criança a cultura do preservar para as futuras gerações aquilo que hoje nós utilizamos. Uma pessoa não vive sem água, sem alimentação, sem o ar que respiramos, sem a escola, sem os locais que nos dão prazer, e é preciso, preservar para que outros também possam utilizar no futuro.
Hoje em dia o legal, na atualidade em que vivemos, vemos destacadamente o império do vandalismo, do vamos destruir porque não é nosso, vamos quebrar porque os outros consertam. Este é o espírito que pretendemos eliminar com a disciplina da cultura da paz.
Queremos que as crianças entendam que, como disse certa vez o americano de origem Russa, Isaac Asimov,  “A Violência é o último refúgio, ou recurso, do incompetente.”