Escolas de Prudente ampliam suas oficinas com a matéria “Cultura da Paz”, Educando para a vida. Por Diérry Calixto
A
cultura da paz... Termo pouco empregado escrito desta forma, mas que na atualidade,
é extremamente necessário, visto que hoje temos um culto a violência, as
famílias se reúnem diante de um aparelho de televisão para apreciar filmes que,
quanto mais violentos melhor, até os desenhos animados estão recheados de
violência, e assistimos a tudo isso torcendo para que o “mocinho” mate o
“vilão”, este é o objetivo. Vidrados em
computadores, as crianças buscam jogos mortais, que ensinam como matar seu
opositor, nunca vi um jogo infantil que busque a solução através do dialogo e
da compreensão. O que dizer então das antigas canções que muitas vezes nos
pegamos ainda cantando para nossas crianças? “Boi, boi, boi, boi da cara preta,
pega essa criança que tem medo de careta. Tutu marambá, não venha mais cá, o
pai de fulano manda te matar.” Quando
se fala em cultivar a paz, logicamente se pensa automaticamente em guerras,
mas, o que será a paz? Alguém tentando defini-la disse que paz é nada mais nada
menos que a ausência de guerras, pode até ser, mas o sentido é muito mais amplo
que apenas ausência de guerras. Se olharmos por exemplo dentro do contexto
pessoal, porque vemos ainda pessoas com um alto índice de depressão? Este é o
mal do século, e por causa desta depressão e a falta de esperança no futuro,
muitos se suicidam, tiram suas vidas porque não têm perspectiva nenhuma para
seu futuro, não está em guerra, mas não tem Paz pessoal, sendo assim, podemos
dizer que lhe falta a paz interior,
aquela paz que nos causa alegria de viver, e trabalhar e de fazer algo por si,
a capacidade de cuidar de si mesmo.
Temos
também aqueles que tem paz consigo mesmo, mas lhe falta a paz com seu próximo,
que é sempre querer o bem do seu próximo, mas quem é seu próximo? Serão somente
os amigos de escola? Serão somente os pais? Não, próximo são aquelas pessoas
que estão realmente próximas, seja dentro de um ônibus, seja em um parque ou em
um shopping, é aquele que precisa de nossa atenção, de nossa atuação direta ou
indireta. A isso nós chamamos de Cultura
Social, essa cultura social me dá um outro olhar sobre o meu
próximo, é a educação para a resolução
de problemas através do dialogo, do desenvolvimento da cultura da não
violência, e que o meu próximo também tem necessidades e vontades que precisam ser
respeitados, que sua cultura, a forma de sua criação é diferente, mas é uma
pessoa igual, como todos o somos. Que o outro pode até ser diferente
fisicamente, mas ainda sim, é um ser humano.
Mas
o que dizer daqueles que tem esse respeito ao seu próximo, praticam a paz
social, e, o que é difícil de se imaginar, e uma pessoa com estes dois
fundamentos de paz, mas ainda assim, não olharem ao meio em que vivem com
olhares de cuidados? Podemos dizer que a Paz
Ambiental é o outro fundamento que faltava da Cultura da Paz. Mas o que
é a paz ambiental? A paz ambiental é realmente aquilo que esta descrito, paz
com o meio, e onde é esse meio? O meio no qual estou inserido. Este meio pode
ser a casa, a escola, o parque da cidade, a praça, a minha sala de aula, o shopping.
Precisamos então criar na criança a cultura do preservar para as futuras
gerações aquilo que hoje nós utilizamos. Uma pessoa não vive sem água, sem
alimentação, sem o ar que respiramos, sem a escola, sem os locais que nos dão
prazer, e é preciso, preservar para que outros também possam utilizar no
futuro.
Hoje
em dia o legal, na atualidade em que vivemos, vemos destacadamente o império do
vandalismo, do vamos destruir porque não é nosso, vamos quebrar porque os
outros consertam. Este é o espírito que pretendemos eliminar com a disciplina
da cultura da paz.
Queremos
que as crianças entendam que, como disse certa vez o americano de origem Russa,
Isaac Asimov, “A Violência é o último refúgio,
ou recurso, do incompetente.”
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