terça-feira, 21 de maio de 2013




Escolas de Prudente ampliam suas oficinas com a matéria “Cultura da Paz”, Educando para a vida.                                                                                                                               Por Diérry Calixto


A cultura da paz... Termo pouco empregado escrito desta forma, mas que na atualidade, é extremamente necessário, visto que hoje temos um culto a violência, as famílias se reúnem diante de um aparelho de televisão para apreciar filmes que, quanto mais violentos melhor, até os desenhos animados estão recheados de violência, e assistimos a tudo isso torcendo para que o “mocinho” mate o “vilão”, este é o objetivo.  Vidrados em computadores, as crianças buscam jogos mortais, que ensinam como matar seu opositor, nunca vi um jogo infantil que busque a solução através do dialogo e da compreensão. O que dizer então das antigas canções que muitas vezes nos pegamos ainda cantando para nossas crianças? “Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa criança que tem medo de careta. Tutu marambá, não venha mais cá, o pai de fulano manda te matar.”    Quando se fala em cultivar a paz, logicamente se pensa automaticamente em guerras, mas, o que será a paz? Alguém tentando defini-la disse que paz é nada mais nada menos que a ausência de guerras, pode até ser, mas o sentido é muito mais amplo que apenas ausência de guerras. Se olharmos por exemplo dentro do contexto pessoal, porque vemos ainda pessoas com um alto índice de depressão? Este é o mal do século, e por causa desta depressão e a falta de esperança no futuro, muitos se suicidam, tiram suas vidas porque não têm perspectiva nenhuma para seu futuro, não está em guerra, mas não tem Paz pessoal, sendo assim, podemos dizer que lhe falta a paz interior, aquela paz que nos causa alegria de viver, e trabalhar e de fazer algo por si, a capacidade de cuidar de si mesmo.
Temos também aqueles que tem paz consigo mesmo, mas lhe falta a paz com seu próximo, que é sempre querer o bem do seu próximo, mas quem é seu próximo? Serão somente os amigos de escola? Serão somente os pais? Não, próximo são aquelas pessoas que estão realmente próximas, seja dentro de um ônibus, seja em um parque ou em um shopping, é aquele que precisa de nossa atenção, de nossa atuação direta ou indireta. A isso nós chamamos de Cultura Social, essa cultura social me dá um outro olhar sobre o meu próximo,  é a educação para a resolução de problemas através do dialogo, do desenvolvimento da cultura da não violência, e que o meu próximo também tem necessidades e vontades que precisam ser respeitados, que sua cultura, a forma de sua criação é diferente, mas é uma pessoa igual, como todos o somos. Que o outro pode até ser diferente fisicamente, mas ainda sim, é um ser humano.
Mas o que dizer daqueles que tem esse respeito ao seu próximo, praticam a paz social, e, o que é difícil de se imaginar, e uma pessoa com estes dois fundamentos de paz, mas ainda assim, não olharem ao meio em que vivem com olhares de cuidados? Podemos dizer que a Paz Ambiental é o outro fundamento que faltava da Cultura da Paz. Mas o que é a paz ambiental? A paz ambiental é realmente aquilo que esta descrito, paz com o meio, e onde é esse meio? O meio no qual estou inserido. Este meio pode ser a casa, a escola, o parque da cidade, a praça, a minha sala de aula, o shopping. Precisamos então criar na criança a cultura do preservar para as futuras gerações aquilo que hoje nós utilizamos. Uma pessoa não vive sem água, sem alimentação, sem o ar que respiramos, sem a escola, sem os locais que nos dão prazer, e é preciso, preservar para que outros também possam utilizar no futuro.
Hoje em dia o legal, na atualidade em que vivemos, vemos destacadamente o império do vandalismo, do vamos destruir porque não é nosso, vamos quebrar porque os outros consertam. Este é o espírito que pretendemos eliminar com a disciplina da cultura da paz.
Queremos que as crianças entendam que, como disse certa vez o americano de origem Russa, Isaac Asimov,  “A Violência é o último refúgio, ou recurso, do incompetente.”

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